Literatura

Roland Barthes

Em minhas andanças pela arte, seja diante das câmeras ou com a pena em mãos, frequentemente me deparo com figuras que transformaram nosso modo de ver o mundo. Uma dessas figuras, que profundamente influenciou não apenas a literatura e a filosofia, mas também a forma como percebemos a cultura e os signos, foi Roland Barthes.

Biografia

Nascido em Cherbourg, França, em 1915, Barthes teve uma trajetória singular, marcada por adversidades pessoais e intelectuais. Orfão de pai ainda na infância, sua formação foi fortemente influenciada pela presença materna.

Durante sua vida, ele se viu cercado pelos grandes movimentos culturais e políticos que modelaram o século XX. Não à toa, sua obra se tornou um reflexo crítico dessas transformações.

Obra e Filosofia

Barthes foi um dos principais teóricos da semiótica, o estudo dos signos e símbolos e de como eles produzem significado. Em sua obra mais famosa, “Mitologias”, ele se propõe a desvendar os mitos da cultura popular, mostrando que até os gestos e objetos mais corriqueiros carregam significados profundos, muitas vezes relacionados ao poder e à ideologia.

Outro ponto alto de sua carreira foi “A Morte do Autor”, onde ele argumenta que o texto deve ser libertado de interpretações que se prendem unicamente à intenção original do autor. Para Barthes, o significado é construído na relação entre o texto e o leitor.

O Legado de Barthes e sua Repercussão

O que Roland Barthes fez foi nos convidar a olhar mais profundamente para os textos, imagens e gestos que nos cercam. Ele nos lembrou que a cultura não é apenas um conjunto de objetos e ideias, mas uma teia de significados em constante evolução.

Para mim, Claudia Alencar, mergulhar nas obras de Barthes é uma forma de ampliar minha compreensão sobre a arte e sobre a humanidade. Em cada cena que interpreto ou em cada linha que escrevo, sinto a presença dessa consciência crítica que busca não apenas representar, mas também compreender e questionar o mundo.

A França nos deu muitos intelectuais, mas poucos com a profundidade e perspicácia de Roland Barthes. Ao nos ensinar a ler os signos da cultura, ele nos ofereceu uma ferramenta para entender e transformar o mundo. E essa, acredito, é a verdadeira essência da arte e da filosofia.

Claudia Alencar

Claudia Alencar, Atriz, Escritora e Artista Plástica Brasileira. Estreia em 1975 com Antunes Filho, protagonista do “Somos todos do Jardim da Infância”, de Domingos de Oliveira, no Teleteatro da TV Cultura. Desde então atuou em 36 novelas, 23 peças de teatro como; Tartufo, de Molière, com Paulo Autran; Tiro ao Alvo, com Marco Nanini; A Partilha, de Miguel Falabella; Quase 84, de Fauzi Arap; O Momento de Mariana Martins, de Leilah Assumpção; Os Inconquistáveis, de Mario Vargas Llosa, entre outras. Atua em 12 longas metragens. Em 1988, lança seu primeiro livro: Maga Neón, pela Massao Ohno Editor. Em 2003 lança sua coleção de joias “A Poesia É de Ouro”, em parceria com a joalheira Lea Nigri. A seguir, lança sua segunda Coleção de Joias “Chacras” em parceria com a joalheria Rox Scozzy. Tem 6 livros publicados: 4 de Poesias, 2 de Pesquisas Teatrais, e está em 4 Antologias Poéticas. Ao longo da carreira recebeu 6 prêmios por suas atuações na Televisão, por exemplo, o Prêmio Qualidade Brasil, por sua atuação em Esplendor, Rede Globo , (2000). No Teatro recebeu o Prêmio Governador do Estado de São Paulo

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